sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Palma enriquecida com proteína

A palma forrageira (da família das cactáceas) é conhecida popularmente como palmatória. Na região do Semi-Árido paraibano é o recurso mais utilizado pelos produtores para alimentar os animais, especialmente em períodos de seca por sua importância protéica (5%).

Pesquisas da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), coordenadas pela pesquisadora Lúcia de Fátima Araújo, conseguiram aumentar o valor protéico da palma forrageira em até 26%. A técnica consiste em misturar o levedo (fermento de padaria usado na fabricação de pães) à palma. Segundo a pesquisadora, essa mudança acontece porque a palma conta com uma grande quantidade de carboidrato que, ao ser assimilado pelo substrato (o levedo), se transforma em proteína.

A novidade pode proporcionar maior produtividade para o criador em termos de leite e carne pois, com maior percentual de proteína, a palma forrageira atende às exigências nutricionais dos animais para manterem seu peso durante a época de estiagem. A palma enriquecida trouxe resultados positivos como alimentação alternativa para ruminantes do semi-árido. Ovinos sem raça definida tiveram um ganho de peso de 494 gramas/dia, com alimentação enriquecida com apenas 2% da levedura em 30% da ração total. O processo de enriquecimento é simples. A palma é triturada em forrageira por duas vezes seguidas para ficar em forma de mucilagem.

O fermento é adicionado à palma, misturado e deve ficar em repouso por doze horas antes de ser oferecido aos animais. Essa alimentação substitui concentrados comerciais que são utilizados na região como o milho e o farelo de algodão. A palma também está sendo introduzida na alimentação do nordestino em diversos práticos típicos.

Responsável:Glória Lemos
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