segunda-feira, 14 de maio de 2012

Blog fora de Operação Temporariamente


Blog Temporariamente fora de operação.
Motivo: o Editor é pré-candidato a vereador em Curaçá

Sociedade dos Vaqueiros de Curaçá tem nova Direção

eleição tranquila confirma vontade de mudança na mais antiga ONG de Curaçá


A Sociedade dos Vaqueiros de Curaçá realizou ontem, 13, na sua Sede, a eleição para escolha da sua Nova Diretoria Executiva e Conselho Fiscal. O Processo eleitoral foi iniciado em meados de abril e logo no dia 23 daquele mês a Comissão, formada por Sivaldo Manoel, Cláudio Marcelo Torres e Bosco Santos, publicou o Edital de Convocação do Pleito. Segundo Sivaldo, o qual presidiu a Comissão, o processo eleitoral foi tranquilo e gratificante. “Essa foi uma experiência boa para mim e para o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, entidade que representei nessa Comissão. Foi gratificante também a participação dos eleitores, pois muitos sócios vieram votar”, analisou Sivaldo.

sócio-eleitor assina lista na Mesa acompanhado por Sivaldo Manoel (sentado, de branco) 
Foto: Maurízio Bim
No Pleito só teve uma chapa disputando. Muitos jovens estavam inscritos, a exemplo de Loureni Martins, filha de vaqueiro-sócio da Entidade. Ela falou da continuidade da Sociedade dos Vaqueiros e da necessidade de integração das organizações dos vaqueiros em Curaçá. “Temos a perspectiva de unificar e acabar com a politicagem na Festa e buscar valorizar o homem do campo. Acho favorável também a participação da mulher na diretoria, pois ela está ganhando espaço social e dando um novo colorido, trazendo um novo jeito. Acho bom os jovens participando dessa Diretoria, pois meu pai já participou, agora nós jovens temos que continuar a semente”, frisou a Secretária recém-eleita.

Loureni acompanhou a votação, acompanhada de seu filho, no Salão da Sociedade
Foto: Maurízio Bim
Zé Nilton Dantas, ex-presidente da Sociedade, está otimista com a Nova Diretoria. Ele votou ontem no Pleito, às onze horas em ponto, uma hora antes do encerramento da eleição que começou às 8h. “A expectativa é que agora a Diretoria vai trabalhar, pois tem gente nova e é quem se interessa”, resumiu Zé Nilton. O Diretor eleito, Estéfano Mota, 32 anos, é um dos diretores mais jovens da história da Sociedade dos Vaqueiros, a qual foi criada em 1959. O mais jovem da história foi Theodomiro Mendes Filho, que assumiu a Direção aos 22 anos na década de 1990.

Zé Nilton, ex-presidente da Sociedade, também veio participar da Eleição
Foto: Maurízio Bim
Estéfano esteve sempre otimista durante o processo eleitoral. “A eleição foi positiva, apesar da dificuldade de deslocamento do pessoal do interior em virtude do problema da seca. Mas os sócios da Sede compareceram. A gente perdoou todas as dívidas para favorecer a participação de sócios que já tinha muito tempo distantes da Entidade”, revelou o novo presidente da Sociedade. Ele também falou a respeito da presença dos jovens no quadro de diretores e das suas expectativas: “estamos felizes com a composição da Diretoria. São jovens e profissionais técnicos. Vamos trabalhar para que a Festa dos Vaqueiros continue e que seja resgatado nela, e no Município, o vaqueiro como patrimônio maior. Nosso desafio é enorme, pois a entidade tem história e muitas pessoas estão acreditando no nosso trabalho. Por isso vamos trabalhar todos, diretoria e também os sócios, pois sozinhos não somos nada”, completou o Presidente.

Estéfano revelou estar à frente da Sociedade dos Vaqueiros
Foto: Maurízio Bim
 O mandato é de dois anos e a posse foi dada ontem mesmo pela Comissão Eleitoral. A Diretoria eleita e o Conselho Fiscal ficaram assim constituídos:

Presidente: Estéfano da Mota Pereira
Vice-presidente: Belarmino Rodrigues Nunes
1º Tesoureiro: Wellington França Santos
2º Tesoureiro: Alvaro Matos Araújo
1ª Secretária: Loureni de Assis Martins
2ª Secretária: Lara Assis Franco
Conselho Fiscal: Fenando Gomes Barbosa,
Maria Lúcia Monteiro da Costa e Edimilson dos Santos Nascimento
Supletes: Martinho Nunes da Paixão,
Sidnei Pires Araújo e Pabianne dos Santos Ferreira.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A seca no estado da Bahia

Artigo de Manoel Bomfim Ribeiro

A seca já se instalou nos sertões do estado da Bahia produzindo os seus efeitos negativos e nefastos sobre a economia dos agricultores. Não é uma seca inusitada, mas prevista de longas datas pelos estudos do Instituto de Atividades Espaciais-(IAE) de São José dos Campos. Esta previsão foi chamada de“Prognóstico do Tempo a Longo Prazo” Baseia-se em interpolações e pesquisas cuidadosas fundamentadas no histórico pluviométrico da região nordeste. A cada 26 anos ocorre uma grande seca, como aconteceu a de 1979/84 quando o DNOCS e outros órgãos dos estados nordestinos receberam antecipadamente relatórios sigilosos analisando e alertando para o que iria ocorrer. Não é um modelo matemático na acepção do termo, mas um “Método Estatístico de Correlação,” estudo que passou a merecer toda a credibilidade dos técnicos e dos poderes administrativos.

http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br
Foto:  sosriosdobrasil.blogspot.com.br
Fizemos, pessoalmente e por curiosidade, uma regressão com o perfil senoidal das secas acontecidas desde a chegada de Tomé de Sousa ao Brasil. A coincidência foi magistral, a cada 26 anos a senóide entra no seu ramo descendente apontando exatamente as secas ocorridas na região em séculos passados. Exemplificamos só algumas: 1582/84-1777/80-1877/80-1930/ 33 1957/59 e por aí vai a ciclometria das secas. Não é uma equação, é um modelo que pode sofre alterações nas datas presumidas das secas para mais ou para menos devido à complexidade da trama atmosférica que foge aos domínios de técnicos, meteorologistas e cientistas. Esta seca instalada agora, sobretudo no estado da Bahia, promete durar todo o ano de 2012 e também por todo o ano de 2013.

Neste estudo procuramos mostrar o sistema ondulatório dos períodos de chuvas escassas indicando a projeção das estiagens que afligem a região.

Analisemos agora o Semi-Árido baiano:

O Semi-Árido dos quatro estados Ceará, Paraíba, R. G. do Norte e Pernambuco somam uma área total de 327.000 km² e o da Bahia sozinho tem área de 320.000 km², praticamente igual. Desde o final do século XIX aqueles estados começaram a luta pela geração de água construindo açudes de maneira obstinada. A seca de 1877/80 foi tirana ceifando 500.000 vidas, 10% da população nordestina que era na época de 5.000.000 de habitantes. Uma grande calamidade. Morriam de fome, sede, tifo, bexiga e outras endemias. Uma grande tragédia registrada na história do Nordeste e jamais esquecida. Juntar água foi, então, o grande objetivo de todos os nordestinos uma vez que estes reservatórios se tornaram essenciais para melhorar os terríveis efeitos da seca. O açude é um núcleo de vida, de atividade social e econômica, sobretudo nos períodos calamitosos de secas.

A nucleação em torno da açudagem foi de tal importância que os nossos técnicos se tornaram os maiores barrageiros do mundo e ao logo do século XX construíram a maior rede de açudes do planeta Terra, mais de 70.000 açudes armazenando 40 bilhões de m³de água, volume igual a 16 baias da Guanabara. O sertão virou mar. O Semi-Árido baiano, entretanto, ao longo do século XX, ficou totalmente esquecido pelos governantes apesar da sua mais baixa pluviosidade. Não participou da epopéia nordestina gerando e acumulando água para os períodos inditosos. Não tivemos um programa específico e determinado de construir uma estrutura hídrica.

O Estado já tinha tudo, “Cacau, Petróleo e Paulo Afonso, as riquezas da Bahia”, um jingle eleitoral. O cacau declinou, o petróleo, o maior produtor em terra, é, hoje, o R.G. do Norte e Paulo Afonso é de todo o Nordeste. Construímos, tão somente, cerca de 150 açudes de pequeno e médio porte armazenando 1 bilhão de m³. Toda nossa água armazenada cabe num único açude do Ceará, o Araras que acumula 1 bilhão de m³. Em 1882, há 130 anos passados, o Rio G. do Norte já tinha açude acumulando 600.000 m³ de água. Em 1934 o Ceará já armazenava 1 bilhão de m³ o que hoje acumula a Bahia.

O nosso Semi-Árido possui uma excelente rede filamentar de rios e riachos intermitentes podendo construir um portentoso programa de açudagem, mas nada foi feito. Vejamos mais, o rio São Francisco banha 850 km no Estado pela margem esquerda, de Carinhanha a Casa Nova e 1300 km pela direita, de Malhada a Paulo Afonso. São mais de 2.000 km lindeiros, mas não possuímos uma só adutora adentrando-se pelos nossos sertões. O estado de Sergipe, com 250 km de rio, tem 5 adutoras levando água aos seus municípios.

O Semi-Árido baiano se constitui, portanto, na maior solidão hidro geográfica do Brasil. Não estamos preparados para enfrentar a grande seca de 2012/13. Os nossos administradores foram sempre absenteístas em relação a esta grande hinterlândia baiana. São 269 municípios, 57% da área do Estado carentes de estrutura hídrica. O programa de cisternas é excelente para as famílias sertanejas, já é um avanço, mas é água domestica, mitiga a sede, mas não gera economia.

Temos, portanto, um Semi-Árido pobre, mas prenhe de riquezas naturais. A caatinga com suas 922 espécies botânicas é um bioma único no mundo. Por ser pouco explorada, esta grande área mantém ainda uma rica vegetação xerófila, verdadeiro baluarte contra a desertificação devido a sua intensa inflorescência para a perpetuação das espécies. Esta rica fitogeografia é um paraíso, o melhor do mundo para o desenvolvimento de um vigoroso programa de apicultura orgânica. O Semi-Árido baiano, este grande sertão dilatado, pode produzir cerca de 120.000 toneladas de mel por ano, três vezes o que todo o Brasil produz.

JN da Globo fez ontem uma matéria em Casa Nova-BA sobre a seca 
focando o dilema da riqueza-pobreza na Região
Arte: Maurízio Bim
A faveleira, euforbiácea leguminosa, nativa dos nossos sertões, é, ainda, um diamante bruto da caatinga á espera de lapidação. Ela, sozinha, redimirá o Semi-Árido baiano com a produção de um finíssimo óleo de mesa que substituirá, com vantagens, o óleo de oliva, além da sua excelência como forrageira para caprinos, riquíssima em proteínas. Existem muitas outras riquezas naturais, mas permanecem inexploradas na estática do nada.

Estas potencialidades naturais da região não fazem, entretanto, nenhum progresso sem que haja o empenho da sociedade e dos poderes constituídos. O Semi-Árido setentrional está anos-luz á frente do baiano, preparado para a grande seca e nós aqui no estado da Bahia ainda estamos de calças curtas.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Vacinação contra Aftosa começou nesse domingo na Bahia

Por conta da seca excessiva que atinge a Bahia, a Secretaria da Agricultura do Estado da Bahia (Seagri), através da Agência de Defesa Agropecuária (Adab) antecipou para este domingo o lançamento da campanha vacinação contra a febre aftosa. “Esse cenário compromete a movimentação dos animais e o manejo do rebanho em busca de alimento, colocando em risco a vacinação contra a febre aftosa dos bovinos e bubalinos na Bahia”, esclarece o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles. Em todo o estado, cerca de 265.441 propriedades realizam atividades pecuárias, sendo que, desse total, 160 mil fazendas e cinco milhões de cabeças bovídeas estão na área afetada pela seca. A Bahia tenta atingir o status de Livre de Febre Aftosa em todo o estado. Na campanha os rebanhos bovinos e bubalinos de todas as idades devem ser vacinados. 


Informações do Portal G1

quinta-feira, 12 de abril de 2012

CERB atende solicitação do STR ao visitar comunidades de Curaçá

o atendimento das demandas pode beneficiar centenas de pessoas na Zona Rural

No ultimo dia 10 de abril de 2012, o Sr. Jairo Almeida, Geólogo da Cerb, visitou algumas comunidades de Curaçá, acompanhado do Sr. Sivaldo Manoel da Silva, secretario geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Curaçá - STR. O objetivo dessa visita, conforme Sivaldo, foi mostrar a realidade das comunidades e sugerir possibilidades de melhoramento de estrutura nelas. “Nós, enquanto Sindicato representante da Comunidade Rural de Curaçá, solicitamos a vinda de um técnico para fazer um levantamento da situação do Município, especialmente nas comunidades mais necessitadas”, revelou o Secretário.

A primeira comunidade visitada foi Fazenda Morro das Pombas, em Poço de Fora, para verificar a necessidade de perfuração de um poço comunitário que poderá atender as comunidades circunvizinhas a exemplo de Esfomeado. Nessa localidade, houve delegada sindical de Poço de Fora a Sra. Edineuza Flor de Barros. O poço em questão foi locado na propriedade do Sr. Claudionor, mais conhecido como Louro, o qual assinou o termo de doação do poço para se tornar comunitário.

Assinatura do Termo de Doação em Morro das Pombas
Foto: Sivaldo Manoel

Na Fazenda Viturino, divisa de Curaçá com Uauá, o técnico da CERB conversou com o operador do poço, verificou a vazão e também a situação do sistema. Ficou observado que o poço ainda funciona com motor a diesel e se encontrava quebrado. Ficou encaminhado, pela Cerb, uma visita para instalação de motor elétrico uma vez que a energia passa a menos de 2km do local.

Já na Fazenda Caxaqui, área de Assentamento de Fundo de Pasto, foi visitado um poço perfurado há mais de 10 anos, desativado atualmente mesmo, segundo informações das lideranças locais, tendo uma boa vazão e água relativamente doce. A Sra. Simonia de Souza Marques, delegada Sindical de Mundo Novo, acompanhou a visita. Naquela localidade, ficou definido que a Cerb virá fazer uma análise da água e da vazão para instalação de mais um poço artesiano comunitário para atender as famílias da Comunidade de Caxaqui e adjacências, com a possibilidade da instalação ser elétrica uma vez que a energia esta a menos de 2km, e a comunidade de Caxaqui também esta próximo a receber eletrificação pelo programa luz para todos sendo comunidade prioritária por se tratar de Assentamento, conforme explicou Jairo.

“O SRT de Curaçá fica contente em ter sido atendido e continua empenhado e encaminhado demandas e cobrando as demais solicitações feitas aos diversos órgãos do Governo, para melhor atender o homem do campo”, frisou Sivaldo. 

informações: STR Curaçá
    

terça-feira, 10 de abril de 2012

Água para Todos em Uauá

O Governo Federal, através do Ministério da Integração Nacional e da Codevasf, está lançando em Uauá o Programa Água para Todos, que vai implantar aproximadamente 1.600 cisternas de polietileno na zona rural do município. A audiência pública de apresentação do programa, que faz parte do Plano Brasil sem Miséria, foi realizada na semana passada, na Câmara de Vereadores, e contou com a participação do prefeito e vereadores da cidade, além de representantes do Governo do Estado da Bahia, da sociedade civil, de instituições financeiras, de associações de trabalhadores rurais, da igreja e de organizações não governamentais.

Na oportunidade, o superintendente regional da Codevasf, Emanoel Lima da Silva, explicou a intenção do programa em oferecer condições para o desenvolvimento do município, envolvendo a garantia do amplo acesso à água para populações rurais em situação de extrema pobreza. “A Codevasf tem a função de dar melhor qualidade de vida para a comunidade e será necessária a parceria entre as esferas públicas com a sociedade para conseguirmos fortalecer todas as 27 cidades sob jurisdição da sexta superintendência”.

O coordenador regional do PAPT no norte da Bahia, Joselito Menezes, proferiu palestra sobre as atividades, destacando as cinco linhas de ação: cisternas, barreiros, poços tubulares, sistema simplificado de abastecimento d’água e pequeno sistema de irrigação localizada. Ele explicou também as regras gerais para a família ser beneficiada: inscrição no cadastro único do Governo Federal; possuir renda per capita de até R$ 140,00, morar na zona rural e ter residência coberta com telhado de barro. Conforme informações da Gerência de Planejamento da Codevasf, o município de Uauá deverá receber 1.800 cisternas de polietileno, com capacidade de armazenamento de 16 mil litros cada uma. Isso representa investimento da ordem de R$ 8 milhões.

O agricultor Édson Gonçalves da Silva, 65 anos, mora na comunidade de Pedra Grande com 9 filhos e 14 netos e gasta cerca de R$ 60,00 por semana com compra de água porque, segundo ele, “o Caminhão Pipa só chega por aqui uma vez por mês”. Ele, que é presidente da Associação Comunitária dos Amigos da Família dos Gonçalves, acredita na melhoria da situação das 20 famílias associadas, "vamos ficar sorrindo à toa”. Esta semana em Uauá a Codevasf realizará a formação de um Comitê Gestor Municipal, que será responsável por todas as ações do programa no município, desde seleção das localidades onde serão colocadas as cisternas, passando pela capacitação das famílias beneficiadas até o controle e fiscalização do uso racional da água.

Este comitê será formado por representantes da sociedade civil organizada (sindicatos rurais, associações de produtores, cooperativas e igrejas) e dos Governos Federal (Funasa), Estadual (EBDA) e Municipal (Prefeitura e secretarias). Durante a audiência o prefeito de Uauá, Jorge Luiz Lobo, também se manifestou sobre a implementação do PAPT pela Codevasf no município. “Acredito que a ação vai zerar de vez o problema do sistema de abastecimento de água que é difícil para os produtores e para todo o povo da cidade”.

Uma das metas da Companhia dentro do PAPT é colocar 350 mil cisternas em quatro anos, sempre utilizando uma nova tecnologia, empregada em países que têm condições climáticas semelhantes ou mais severas que daquela região, como é o caso do Austrália, Malásia, Nova Zelândia, Chile, México e outros países da América Central. Essa nova tecnologia garante a durabilidade do produto por até 20 anos. Segundo a coordenação regional do programa Água para Todos, serão instaladas 4.786 cisternas no norte da Bahia, que atenderão aos municípios de Chorrochó, Uauá, Umburanas, Morro do Chapéu, Santa Brígida, Jeremoabo, Jaguarari, Paulo Afonso e Curaçá.

informações Zilton César Ascom Codevasf 6 SR no Blog Geraldo José

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Resultado do prêmio nacional do Sebrae teve destaques baianos

Coopercuc não vence na categoria agronegócios

Quatro empreendimentos da Bahia foram os mais visitados na edição 2011 do MPE Brasil - Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas. Selecionados, respectivamente, nas categorias Agronegócios, Serviços, Turismo e Destaque em Inovação, ajudaram a Bahia a figurar entre os estados mais representados na premiação.

Pela utilização de ideias e difusão de valores como o aumento da qualidade e da competitividade em suas administrações, a Lacerta Consultoria Ambiental (Salvador), Hotel de Lençóis (Lençóis), Durval Seguros (Jacobina) e Cooperativa Agropecuária, Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Uauá) participaram da cerimônia de reconhecimento do prêmio, no dia 23/3, em Brasília.
A premiação é realizada pelo Sebrae, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) para incentivar a melhoria da gestão nos pequenos negócios. Foram escolhidas 143 empresas de todo o país que conquistaram as etapas estaduais do prêmio; as MPE visitadas receberam avaliação de 66 examinadores voluntários, que atestaram qualidade da gestão, capacidade empreendedora do empresário e resultados alcançados a partir da implantação do Modelo de Excelência da Gestão (MEG) da FNQ. O prêmio funciona como incentivo às micro e pequenas empresas brasileiras na busca pela excelência, reconhecendo iniciativas que investem em conceitos e práticas de gestão.

Na Categoria Agronegócios, infelizmente a Coopercuc perdeu para a Agroindustrial Extrema, que se destacou por promover ações de qualificação e inovação na gestão do negócio. Criada em 2004 na cidade de Pureza, a 59 km de Natal (RN), a indústria foi considerada modelo, com alto padrão de fabricação de produtos, como a Cachaça Extrema, símbolo da empresa. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Sindicato dos Trabalhadores Rurais no Grito dos Assalariados

O Grito dos Assalariados é um manifesto de reivindicação dos trabalhadores das empresas agrícolas de carteira fichada. O Movimento é organizado por Federações de Trabalhadores na Agricultura, e sindicatos, a exemplo dos de Trabalhadores Rurais do Vale do São Francisco, assim como pela Confederação Nacional (Contag) e centrais. O Evento aconteceu no 20 de março desse ano em Brasília.

Conforme Walek Sandra, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Curaçá – STTR, “o objetivo do Evento é reafirmar mais ainda as leis que beneficiam a categoria obrigando os patrões a cumprir com seus deveres, dando maior qualidade de trabalho e dignidade a cada trabalhador”.

De Curaçá, participaram pelo STTR Local: Walek Sandra, Girlene Paixão Secretária de jovens e genero, e João Batista, assalariado da empresa Agrodan, o qual foi representando os demais colegas. “Esse Grito é, sem duvida, um marco de luta para a melhoria e a qualidade do trabalho do nosso trabalhador rural assalariados”, avaliou a presidenta.
informações de Sivaldo Manoel

terça-feira, 27 de março de 2012

Juazeiro pode ganhar laticínio para produção de queijos

Na próxima semana, o Dr. Silvio Dória, acompanhado de um grupo de empresários, chega em Juazeiro-BA para começar os preparativos para a implantação do primeiro laticínio para produção de queijos finos de cabra.

Farão uma renião com o Prefeito Isaac Carvalho, o Secretário de Agricultura, Agnaldo Meira e o Secretário de desenvolvimento Econômico, Carlos Neiva para discutir a viabilidade da inclusão do
leite de cabra na merenda escolar, o que beneficiaria o pequeno criador de cabras da região. Este projeto pode trazer um novo fôlego para os pequenos produtores que criam cabras, melhorando sua renda e dando garantia da compra de seu produto.

Será feita uma reunião com os técnicos da CODEVASF que ajudarão nas diretrizes do projeto.

Para definir a participação dos criadores de cabras, já está marcada uma reunião com a ACCOSSF (Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Sertão do São Francisco).

A mobilização da ACCOSSF já está rendendo frutos, pois já temos empresários montado um centro de terminação de cordeiros em Juazeiro e um centro de terminação de cabritos em Curaçá-BA e agora o laticínio de Juazeiro. É esse o papel de uma associação, trazer o desenvolvimento para toda a sua cadeia produtiva.

Informações da ACCOSSF

segunda-feira, 26 de março de 2012

6ª Expovale lança cartaz

Curaçá já está na Folha do Garantia Safra

Conforme Anselmo Vital, Consultor do MDA, os municípios abaixo, entre ele Curaçá, entrarão em folha de pagamento mês de abril, no Programa Garantia Safra:

Adustina, América Dourada, Banzaê, Barrocas, Canudos, Casa Nova, Condeúba, Curaçá, Itapicuru, Lamarão, Marcionílio Souza, Morro do Chapéu, Olindina, Ribeira do Pombal, Santanópolis, Senhor do Bonfim, Sento Sé, Sítio do Mato, Tanquinho, Uauá e Umburanas.

terça-feira, 20 de março de 2012

Instituições e políticos se reúnem para discutir sobre Sistema Itaparica

Barragem de Itaparica. Foto em: acertodecontas.blog.br
No dia 12 de março desse ano, a Companhia de Eletrificação do Vale do São Francisco - Chesf participou de uma reunião com representantes executivos da Codevasf, Polo Sindical dos Trabalhadores Rurais do Submédio São Francisco, da CUT, da Federação dos Trabalhadores de Pernambuco, com o intuito de discutir questões a respeito da região da Barragem de Itaparica. No Evento, também participaram os deputados estaduais Odacy Amorim (PT) e Izabel Cristina (PT), o deputado federal Fernando Ferro (PT) e o prefeito de Petrolândia, Lourival Simões.

Ata da Reunião 
Os pontos amarrados na Reunião foram os seguintes: 1) A Codevasf, no prazo de 30 dias (a partir da Reunião), irá elaborar e apresentar, ao Ministério da Integração, uma proposta de mudança do sistema de irrigação dos Projetos de Itaparica (que inclui o Perímetro Irrigado de Pedra Branca, em Curaçá e Abaré); 2) Elaboração de um Diagnóstico Social, Econômico e Ambiental no próximo Convênio da Chesf com o Sistema Itaparica; 3) Reuniões trimestrais destas entidades antecedidas de reuniões específicas com cada Projeto; 4) Implantação da Política Nacional de ATER no Sistema Itaparica.
         
O item 1 deve corrigir o problema da alta perda de água na irrigação, pois o sistema atual é a aspersão convencional. Nele, a perda acontece pelo vento, dispersão fora da área plantada e evaporação. Esse sistema é arcaico e já foi substituído em diversos perímetros irrigado na Região.

Os sistemas de irrigação de aspersão favorecem o desperdício de água
Foto em: projetofulgencio.blogspot.com.br
Os itens 2 e 3 se referem a um planejamento necessário para desenvolvimento do Sistema Itaparica, correções de falhas históricas e preparação para a modernização e futuro das unidades, a exemplo do Perímetro de Pedra Branca. Essa preocupação deveria ter sido debatida bem antes, especialmente porque os Sistemas serão municipalizados, ou seja, cada unidade será integrada ao Município onde se encontra.

Outro ponto importante da discussão foi a necessidade de adequação do Sistema de Itaparica ao Plano Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, nos padrões da Lei Nº 12.188/2010, a qual institui a Política Nacional de ATER para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária, além dos princípios e objetivos desses serviços.

A Reunião foi planejada em um debate na 
Câmara Estadual de Pernambuco
Foto em: www.alepe.pe.gov.br
Essa Reunião representa um passo importante diante de uma situação histórica de indefinições. O Sistema Itaparica abrange os perímetros irrigados nos municípios de: Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Floresta e Petrolândia em Pernambuco e Curaçá, Abaré, Rodelas e Glória na Bahia. Os curaçaenses atingidos pela Barragem de Itaparica lutam desde os anos de 1980 por melhorias e aguardam uma modernização do Sistema que atinja a cadeia produtiva e também o desenvolvimento social. 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Matérias em Vídeo na Internet

Essas matéria em vídeo goram buscadas pelo Blog da Comunião porque podem ter algum valor para quem deseja saber a respeito de barragens subterrâneas e mandacaru sem espinhos. Clique no link e acesse!

Barragem subterrânea no Seridó:


Plantio de Mandacaru sem espinho:

quinta-feira, 15 de março de 2012

Seca: Integração anuncia liberação imediata de R$ 10 milhões para municípios baianos

Em audiência com o senador Walter Pinheiro (PT-BA) na tarde desta segunda-feira (12), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, anunciou a liberação imediata de R$ 10 milhões para os municípios baianos em estado de emergência por conta da seca, além de garantir o reconhecimento pela União dos 75 municípios em estado de calamidade já avalizados pelo Estado da Bahia.  Essa primeira remessa de recursos federais servirá de apoio imediato às cidades castigadas, principalmente no Semiárido baiano e serão destinados para reforço na aquisição de cestas básicas e serviços para transporte de água até as propriedades.
Carros-pipa já estão preparados em Curaçá
Foto: Maurízio Bim
Pinheiro lembrou que o apoio da pasta será fundamental para que outras ações possam ser adotadas, como a solicitação de crédito para os agricultores que sofrem com a seca. “Precisamos de agilidade na adoção das medidas e ações”, lembrou. “Tão logo saia o decreto da União vou buscar recursos e créditos agrícolas e a liberação do Plano Safra, além de agendamentos em outros ministérios como do Desenvolvimento Agrário”, afirmou o líder do PT no Senado. O senador acionou a Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cordec) para o envio da documentação (laudos e pareceres técnicos) de todos municípios baianos em situação de emergência, para que o governo federal tenha condições de garantir a publicação do decreto ainda esta semana e agilizar o repasse de verbas.

“Além dos R$ 10 milhões, queremos ainda recursos para atividade de recuperação de aguadas, perfuração, interligação e equipamento de poços e tratamento da questão dos próprios lençóis e das bacias. Temos um problema com o rebaixamento consubstancial do lençol e, ao mesmo tempo, vários de nossos açudes começam a dar sinais de cansaço ou de completo esvaziamento”, disse o senador. Em pronunciamento sobre as políticas de convivência com a seca que fez no Plenário do Senado, logo após a reunião, Pinheiro ainda anunciou que conseguiu, junto à Codevasf, a autorização para construção de 5.000 cisternas na região de Irecê.

Informações em://www.geraldojose.com.br

Agricultura: se somos tão ricos, por que estamos tão pobres?

Neste nosso privilegiado Brasil, temos enormes potencialidades produtivas, tanto na agricultura como na pecuária; se soubéssemos explorá-las racionalmente, elas nos permitiriam gerar as riquezas que tanto necessitamos para reduzir a pobreza rural e também para solucionar vários dos nossos grandes problemas nacionais. A nossa agropecuária tem vocação para ser a mais poderosa "locomotiva" do desenvolvimento nacional.

Em primeiro lugar, temos vastas extensões de terras de boa qualidade, abundância de água, clima favorável que nos permite obter várias colheitas ao ano, produzir na contra-estação dos países ricos e criar gado exclusivamente a pasto, um enorme mercado consumidor e uma abundante mão-de-obra necessitada e desejosa de progredir com o fruto do seu trabalho.

Em segundo lugar, já dispomos dos conhecimentos (tecnologias e experiências bem-sucedidas) que são necessários para fazer uma muito eficiente produção, transformação e comercialização de produtos agropecuários. Infelizmente tais conhecimentos estão sendo adotados apenas por uma minoria de produtores rurais mais eficientes. Tal exclusão é solucionável porque muitas das mencionadas tecnologias e experiências são de baixo custo e fácil adoção; e graças a essas características, poderiam e deveriam estar beneficiando todos os produtores rurais do país. Infelizmente, isto não ocorre porque esses conhecimentos permanecem ociosos nas estações de pesquisa agropecuária, nas universidades, nas cooperativas, nos sites da Internet e nas propriedades dos agricultores mais eficientes. Enquanto essas valiosas tecnologias permanecem subutilizadas, a grande maioria dos produtores rurais tem graves problemas econômicos exatamente porque não às conhece ou não sabe aplicá-las de maneira correta. Isto acontece porque falta "construir" uma ponte que conecte os que sabem e sabem fazer com os que necessitam, urgentemente, aprender a saber e a saber fazer.

Em terceiro lugar, dispomos de métodos e meios de comunicação, eficazes e de baixíssimo custo (emissoras de rádio e televisão, e-mail, sites na Internet, etc.), através dos quais poderíamos e deveríamos difundir tais conhecimentos, rápida e massivamente, em benefício de todas as famílias rurais. Em resumo, temos à nossa disposição quase todos os requisitos necessários para fazer uma agricultura que, ao ser muito mais eficiente e mais produtiva, poderia gerar as riquezas que tanto necessitamos.

E se é assim, por que não o fazemos? Pelo elementar motivo de que a maioria dos nossos agricultores não possui as competências necessárias para corrigir as suas próprias ineficiências produtivas, gerenciais e comerciais, pois lhes faltam conhecimentos, habilidades, atitudes e até valores orientados ao empreendedorismo e ao autodesenvolvimento. E é principalmente por esta razão que muitos deles são tão dependentes do paternalismo estatal.

E por que os habitantes rurais não possuem as referidas competências? Basicamente pelos seguintes quatro motivos:

Primeiro: porque os conhecimentos que os seus pais lhes transmitiram já estão desatualizados e são insuficientes para que eles possam sobreviver economicamente na agricultura moderna e globalizada.

Segundo: porque as escolas fundamentais rurais (da primeira à oitava série) que, para a maioria dos habitantes do campo, são a única oportunidade de aprender algo útil para a vida e o trabalho no campo, ensinam às crianças muitos conteúdos irrelevantes; que em pouco ou nada contribuem a que eles se tornem produtores, administradores das suas propriedades e comercializadores das suas colheitas, mais eficientes e empreendedores. Existe um impressionante desencontro entre o que essas escolas fundamentais rurais estão ensinando e aquilo que os educandos realmente necessitam aprender. Grande parte dos seus conteúdos curriculares não tem nenhuma aplicação na solução dos problemas cotidianos que os educandos enfrentam – e continuarão enfrentando – nas suas vidas pessoais, familiares, produtivas e comunitárias.

Terceiro: porque os serviços estatais de extensão rural – que poderiam e deveriam compensar algumas das debilidades educativas até aqui analisadas – estão contaminados pelas interferências político-partidárias, burocratizados e excessivamente centralizados. Com tais restrições, os extensionistas, mesmo contra a sua vontade, dedicam mais tempo a tramitar propostas de crédito rural e a burocratizar nos escritórios que à sua função primordial que é a de capacitar os agricultores nas propriedades e comunidades rurais. As poucas vezes que conseguem ir ao campo, depois de enfrentar uma longa peregrinação burocrática para obter o veículo, o combustível e as diárias, muitos dos extensionistas não estão em condições técnicas de corrigir os erros que os agricultores cometem e de solucionar os problemas que os afetam; essas debilidades técnicas dos agentes de extensão rural ocorrem devido ao motivo descrito a seguir.

Quarto: porque, com poucas exceções de louváveis iniciativas inovadoras, as faculdades de ciências agrárias estão excessivamente "urbanizadas" e desconectadas da realidade concreta dos produtores rurais e dos potenciais empregadores dos seus egressos. Devido ao nosso rápido processo de urbanização, a maioria dos professores já é de origem urbana e não tem um adequado conhecimento vivencial dos problemas agrícolas e rurais. Além de não possuir tal vivência, as faculdades nem sequer consultam os empregadores e os produtores rurais para saber qual é o perfil profissional que o atual mercado de trabalho está necessitando. O ensino teórico realizado nas salas de aula e nos laboratórios raramente é complementado e validado com atividades práticas executadas nas propriedades, nas comunidades rurais, nas agroindústrias e nos mercados agrícolas. As esporádicas visitas ao campo geralmente ocorrem no último semestre do curso, quando o dano na formação dos estudantes já é irreversível. As faculdades estimulam os seus docentes a pesquisar e publicar artigos nas revistas científicas internacionais e os premiam por esses "papers" para efeito de salários, promoções e enquadramentos; pouco importando quantas pessoas se beneficiam com os resultados de tais pesquisas e qual é a contribuição real e efetiva que tais investigações oferecem à solução dos problemas concretos e cotidianos da grande maioria dos produtores rurais. Esquecem-se que são os agricultores e empregadores, e não os professores, a principal razão de ser da existência das faculdades. Enquanto isso ocorre, as atividades de extensão universitária, que permitiriam aproximar as faculdades ao conhecimento da realidade agrícola e rural, não recebem apoio nem são consideradas para efeito de promoções e enquadramentos dos docentes que as executam ou que desejariam executá-las.

Com uma formação tão teórica e divorciada das necessidades dos agricultores e dos empregadores, não é de surpreender que o mercado de trabalho esteja rechaçando os profissionais que delas provêm. As faculdades continuam formando profissionais para o desemprego e este existe não necessariamente porque a demanda é insuficiente e sim porque a oferta das faculdades é inadequada às reais necessidades dos demandantes do mundo moderno. Apesar de que na prédica preconizam o desenvolvimento rural com eqüidade e sem exclusões, as escolas superiores de agricultura priorizam e enfatizam o ensino de tecnologias sofisticadas e de alto custo, que beneficiam uns 5 ou 10% dos agricultores e pecuaristas de ponta; com tal elitização subestimam e desprezam as necessidades concretas de 90 ou 95% dos produtores rurais que requerem, em caráter prioritário, tecnologias menos sofisticadas e de baixo custo, a fim de que sejam compatíveis com os escassos recursos de que eles dispõem. Durante a sua passagem pela universidade, os estudantes têm poucas oportunidades de desenvolver a sua "engenhosidade" na criação de soluções mais pragmáticas e adequadas às adversas condições físico-produtivas e à escassez de recursos financeiros que caracterizam os agricultores mais pobres; os estudantes também têm poucas oportunidades de executar, com as suas próprias mãos, as atividades mais elementares e freqüentes que os produtores rurais realizam na sua vida cotidiana.

Nessas condições, como os futuros profissionais poderão ensinar aos agricultores a regular uma semeadeira, podar, enxertar, ordenhar uma vaca ou transformar "commodities" em produtos processados se, durante o seu período de estudos universitários, os estudantes nunca regularam uma semeadeira, podaram, enxertaram, ordenharam e processaram/transformaram commodities? Com tantas debilidades na formação dos egressos, como esperar que os serviços de extensão rural sejam eficientes e promovam as urgentes mudanças que necessitam os agricultores e a agricultura?

segunda-feira, 12 de março de 2012

Exportação de jumentos pode virar realidade

Foto em: www.avozdesantaquiteria.com.br
Os chineses pretendem importar 300 mil jumentos por ano do Nordeste, onde o animal é encontrado em abundância. Há cerca de um mês foi liberado o intercâmbio. Além de movimentar a economia local, a iniciativa ainda vai resolver o problema de excesso de oferta de jegues na região. Com as facilidades de financiamento, houve um crescimento muito grande do uso de motos para o transporte local e os jegues estão perdendo espaço para a concorrência.

Em junho de 2011, um grupo de empresários chineses percorreu o Nordeste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, conversando com fazendeiros e políticos. Aos políticos locais, o grupo propôs um programa de garantia de compra dos burros a preços de mercado, envolvendo até linhas de crédito, por meio de um sistema batizado de Projegue. Mas o projeto ainda não deslanchou.A China abate 1,5 milhão de burros ao ano, produzidos no país, na Índia e na Zâmbia. O processo envolve tecnologia de ponta, com melhoria genética, cuidados na produção de alimentos específicos e assistência técnica. O engenheiro elétrico. Ailton Candeia de Lima, Assessor do governo municipal quando tomou conhecimento deste acordo enviou o seguinte comentário ao blog:
“Fiquei profundamente feliz com esta notícia, pois o jegue foi solução para o Nordeste por várias décadas, quer seja na agricultura para utilização de cultivadores, nas obras do DNOCS para construção de açudes e barragens, no auxílio ao sertanejo para transporte de mercadorias e águas. Mas hoje com o advento dos carros e principalmente de motos, o nosso irmão jegue, como sabiamente Pe. Vieira o chamava, passou a ser um problema, pois vivem perambulando nas estradas e até de cidades do Nordeste. Assim eu vejo com bons olhos este intercambio comercial Brasil e China, pois:
1. Amenizaremos os acidentes com veículos e motos nas estradas Nordestinas, diminuindo mortes e prejuízos para o SUS;
2. As Prefeituras terão uma maneira prática e racional na soltura dos animais apreendidos, que é um grande problema cotidiano;
3. E é mais uma maneira de injeção de recursos na economia nos Estados Nordestinos, até porque se fala no PROJEGUE, uma espécie de financiamento para criação de JEGUES.


informações: Blog Geraldo José

terça-feira, 6 de março de 2012

Assistec oferta de assistência a produtores de Curaçá

Os profissionais da Assistec fizeram, no último domingo, 4, uma visita técnica à Fazenda Bom Socorro, povoado de São Bento, com o intuito de ofertar uma orientação tecnológica gratuita a produtores rurais.

“Todo mês sorteamos, pela Rádio Curaçá FM, esse benefício a um produtor rural de Curaçá e depois fazemos a visita”, revela Estéfano Mota, coproprietário da Assistec. A iniciativa tem foco na assistência técnica e se pretende, com isso, desenvolver a responsabilidade social da Empresa ante seu principal público, o produtor rural. “Observando esse bom momento que o Município passa, diante dos investimentos públicos e privados na cadeia produtiva da carne e leite de caprinos, essa iniciativa da Assistec é mais uma forma de contribuir para esse desenvolvimento local”, complementa Estéfano.

Naelson Brandão, da Fazenda Bom Socorro resumiu sobre o trabalho feito em sua Fazenda: “Os técnicos bateram um papo com a gente sobre como podemos fazer para melhorar a estrutura de nossa propriedade. Depois teve o momento prático: foi feito o casqueamento de um reprodutor e eles examinaram algumas matrizes”. O casqueamento é uma prática de se retirar excessos nas unhas dos caprinos com o objetivo de facilitar a locomoção tanto de machos reprodutores quanto de fêmeas (matrizes). “Um animal que não se locomove bem tem problemas na busca de alimentos, logo não adquire peso e diminui a produção de leite. Além disso, essa prática ajuda na reprodução, pois os reprodutores com problemas de casco tem dificuldades no momento da monta”.

Esse trabalho, conforme Estéfano, irá continuar por tempo indeterminado, mesmo porque, segundo ele, o aproveitamento está superando as expectativas, pois os produtores tem elogiado o trabalho e tem tirado muitas dúvidas como foi o caso do Sr. Naelson. “Foi um trabalho importante porque adquirimos novos conhecimentos. E também é uma oportunidade para a gente que não tem condições de pagar uma assistência técnica”, avaliou Naelson Brandão. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Coopercuc é destaque em evento do MDA


Café, cacau e cachaça. Esses e outros produtos brasileiros que agradam o paladar e conquistam o mercado internacional estarão na Biofach Nuremberg, na Alemanha. São produtos de nove empreendimentos da agricultura familiar que participam, entre 15 e 18 de fevereiro, da maior feira de orgânicos do mundo, com mais de 2,6 mil expositores, distribuídos em nove pavilhões, e que recebem 45 mil visitantes de 130 países.

Os participantes brasileiros integram o espaço coletivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em parceria com o Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), em uma área com 112 metros quadrados. No estande Projeto Organics Brazil/IPD/MDA, haverá exposição de produtos orgânicos das diversas regiões do Brasil, entre amostras de café, cacau, açúcar mascavo, sucos, derivados do umbu e derivados de fruto do palmito juçara, além de frutas e cachaça. Os visitantes também poderão degustar doces e geleias de umbu e bebidas - café, cachaças e sucos.

"Pela nona vez (desde 2003), estamos levando para a Biofach empreendimentos que vão fechar negócios. As palavras Brasil, agricultura familiar e orgânicos passam a estar cada vez mais associadas e com uma oferta de produtos diferenciados, que leva sociobiodiversidade, produtos regionais, produtos típicos do nosso país. É uma conquista de espaço no mercado internacional, e essa presença continuada mostra que existe capacidade de oferta e que há empreendimentos da agricultura familiar capazes de ocupar esses espaços e essas oportunidades lá fora", avalia o diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, Arnoldo de Campos.

Para a agricultura familiar, essa participação no evento representa mais mercado, mais renda e mais valor para a produção, segundo Campos: "O mercado de orgânicos e de produtos sustentáveis cresce, e nós queremos capturar esse crescimento para a agricultura familiar. Os empreendimentos que são apoiados pelo MDA, por meio do projeto do IPD, estão com oportunidade de gerar negócios onde muitas vezes não imaginavam que poderiam chegar".

Os empreendimentos selecionados a partir de Chamada Pública são: Associação Brasileira da Agricultura Familiar Orgânica, Agroecológica e Agroextrativista (Abrabio), de São Paulo; Cooperativa de Produtores Orgânicos e Biodinâmicos da Chapada Diamantina (Cooperbio) e da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), da Bahia; da Cooperativa de Produtos Orgânicos da Amazônia (Copoam), do Pará; da Cooperativa Agropecuária de Produtos Orgânicos da Terra (Cooper Terra), do Paraná; da Cooperativa dos Agropecuaristas Solidários de Itápolis (Coagrosol), de São Paulo; da Cooperativa Regional das Agroindústrias Familiares Ecológicas do Vale do Rio Uruguai (Cooperafe) e da Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Cai (Ecocitrus), do Rio Grande do Sul, e da Ciano Indústria de Alimentos Ltda (Ciano), do Rio de Janeiro.

Juntas, as oito cooperativas e a associação representam mais de 12,4 mil  famílias e produzem mais de 30 produtos. A Abrabio, com 52 associados de 18 estados brasileiros, terá amostras de produtos diversos de seus associados, todos com certificação orgânica.

Informações no Blog Geraldo José em 11/2/2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

ADAB estabelece metas para a Defesa Agropecuária em 2012

Com o objetivo de garantir a segurança sanitária necessária para o desenvolvimento sustentável da produção e comercialização da agropecuária baiana, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, estabeleceu as metas para 2012. Entre elas destacam-se a extinção da Zona de Proteção, o incremento das ações de educação sanitária, vigilância epidemiológica, controle, inspeção e fiscalização do trânsito de animais e vegetais em todo o Estado.

Eduardo Salles
As diretrizes foram apresentadas durante encontro que reuniu todos os órgãos integrantes da Secretaria da Agricultura. “Temos que eleger as prioridades, estabelecendo metas, procedimentos para avaliação e acompanhamento das atividades. Dessa maneira conseguiremos executar as tarefas de forma eficiente, reafirmando o nosso compromisso com a população e com o governo do Estado”, destaca o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles.

No que se refere à defesa agropecuária, a educação sanitária ganhou destaque. A expectativa da Adab é sensibilizar 43 mil pessoas este ano. “É importante conscientizar consumidores, produtores, transportadores e comerciantes quanto a questões de segurança sanitária vegetal e animal, minimizando os perigos inerentes ao consumo de produtos que não atendam à legislação vigente”, esclareceu Torres. A capacitação de 800 servidores também está entre as metas da Adab em 2012, visando à qualificação técnica para a prestação dos serviços de inspeção de produtos de origem animal, além da defesa sanitária animal e vegetal.

publicado no Blog Geraldo José em 8/2/2012

Técnico defende água potável para animais domésticos

Estéfano Mota
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os animais domésticos devem beber água potável, ou seja, aquela tratada como acontece nas cidades para abastecimento da população humana. Vários técnicos, inclusive em Curaçá, tem incentivado a mudança de comportamento dos produtores rurais no sentido de reidratarem seus criatórios (galinhas, caprinos, ovinos) com água boa para o consumo. É o caso do zootecnista Estéfano Mota, co-proprietário da Assistec em Curaçá. "A água destinada aos animais, na maioria das propriedades rurais, não apresenta muitos cuidados no que diz respeito a obtenção e manutenção, comprometendo sua qualidade. Isto pode ser a causa de várias enfermidades que acometem os animais com quadro clínico leve ou em certas ocasiões, graves levando a prejuízos e/ou perda total (morte). Uma das principais enfermidades é a mastite e diminuição na produção do leite", resume o técnico.


A realidade das criações na maior parte de Curaçá ainda é de fazer os animais beberem água sem tratamento, de cacimbas e barreiros onde, bebendo diretamente, os animais defecam e urinam na água, a qual também é visitada por diversos outros animais como urubus, répteis etc. O certo é que pode existir ali uma grande quantidade de coliformes fecais e outros agentes causadores de contaminação e doenças.  

Parceria entre STR e Ótica já traz resultados

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Curaçá-Ba comemora ainda preliminar mas robusto de 100 associados(a) que foram atendidos pela Ótica Brasil, hoje (Ótica Carol ) no ano de 2011. A parceria visa a prestação de serviços aos associados em dias com sua obrigações Estatutárias. Descontos nas consultas e na aquisição de óculos, com parcelamentos. Esses números serão apresentados no Relatório em Assembleia Geral no próximo dia 26 de Fevereiro.


Informações de Sivaldo Manoel, Secretário do STR

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Rede Brasil Rural Nordeste será lançada na Bahia no dia 7 de fevereiro

A Bahia sediará, no dia 7 de fevereiro de 2012, o lançamento da Rede Brasil Rural, ferramenta virtual criada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para fortalecer a agricultura familiar aproximando produtores, indústrias, agentes de logística e setor público. O estado foi escolhido para sediar o lançamento regional do Nordeste por ter o maior número de agricultores familiares do país - são mais de 665 mil estabelecimentos.

O lançamento acontece no auditório da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia (Seagri), às 14h30, com a presença do ministro Afonso Florence e do governador da Bahia, Jaques Wagner. Além do ato de lançamento, dirigentes e representantes de cooperativas de agricultores da Bahia aprenderão, num curso de capacitação ministrado pelo MDA nos dias 6 (à tarde) e 7 (pela manhã), como operar suas compras e vendas usando a Rede Brasil Rural. Após o término da oficina, será realizado o ato público que marcará o lançamento oficial da RBR no Nordeste.

Por meio do portal www.redebrasilrural.mda.gov.br, lançado em Porto Alegre, em 13 de dezembro de 2011, agricultores familiares de todo o Brasil, representados por suas associações e cooperativas, negociam diretamente com fornecedores e empresas de transporte a compra e a entrega de insumos necessários para qualificar ainda mais a sua produção. A pesquisa eficiente e as compras coletivas garantem melhor preço de insumos e matérias-primas, além de permitir à agricultura familiar reduzir os custos dos produtos, de transporte e de estocagem.

Depois de explicar o funcionamento da Rede Brasil Rural, os instrutores do MDA responsáveis pelas oficinas de capacitação também começarão a fazer o cadastramento das cooperativas e associações de agricultores familiares da Bahia e de outras regiões do Nordeste na RBR. Inicialmente, o MDA realizará as oficinas em dez estados (Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Ceará, Pernambuco, Pará e Espírito Santo) escolhidos por apresentarem maior número de Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar(DAP).

Criada pela Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) do MDA, a DAP é utilizada como instrumento de identificação do agricultor familiar para acessar políticas públicas, como o Pronaf. Para obtê-la, o agricultor familiar deve dirigir-se a um órgão ou entidade credenciado pelo MDA, munido de CPF e de dados acerca de seu estabelecimento de produção (área, número de pessoas residentes, composição da força de trabalho e da renda, endereço completo). A capacitação prosseguirá durante o mês de fevereiro.

Produção

A produção da agricultura familiar na Bahia é bastante diversificada. Segundo informa o delegado federal titular da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário na Bahia (DFDA-BA/MDA), Welliton Rezende Hassegawa, no semiárido --- onde se encontra mais da metade dos municípios baianos --- destacam-se os empreendimentos da agroindústria familiar que beneficiam produtos como o mel, leite (em especial o beneficiamento para a produção do leite em pó), doces derivados de frutas nativas (em particular frutas da caatinga como umbu, goiaba, maracujá do mato, caju), castanha de caju, derivados da mandioca (desde a fécula ou goma, até produtos como beiju e biscoitos), derivados da cana-de-açúcar (em especial a cachaça e rapadura).

"Também são encontradas cooperativas que beneficiam o cacau (chocolate, chocolate em pó, doces), carne de cabrito e cordeiro, artesanato de fibras naturais como o sisal, palhas de bananeiras, cipó e outras matérias-primas", acrescenta Welliton.

Ao todo, estima-se que existam mais de 200 cooperativas de produção na Bahia, inclusive contemplando as cooperativas organizadas exclusivamente por mulheres. Destas, mais de 70 são filiadas à União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), e outras dez são filiadas à Unisol Brasil. "Atualmente, cerca de um terço destas possuem DAP Jurídica. Apesar dos avanços nesta última década na organização destas cooperativas, ainda há muito para se desenvolver nesse segmento no Estado", avalia o delegado.

Otimismo entre as cooperativas

O lançamento da Rede Brasil Rural no Nordeste enche de esperança as cooperativas que pensam em baratear seus custos, aumentar a produção e até contratar mais trabalhadores. É o caso da Coopercuc, localizada em Uauá (BA), e que ainda agrega cooperados dos municípios baianos de Curaçá e Canudos; e da Cooperunica, na Paraíba, que reúne os 12 grupos do Talentos do Brasil, entre os quais as mulheres bordadeiras do coletivo Dois Pontos, no município de Alagoa Nova.

A Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), criada em 2004, trabalha com o fruto do umbuzeiro, árvore que domina a paisagem do único bioma exclusivamente brasileiro e mais expressivo da região Nordeste, a Caatinga, no semiárido da Bahia. O umbu --- do tupi-guarani árvore que dá de beber--- é responsável pela sustentabilidade e fonte de renda para mais de 180 cooperados e 400 famílias dos três municípios baianos.

É a partir dos derivados do umbu que a cooperativa produz geleias e compotas, além de doces de goiaba, manga e maracujá da Caatinga, produzidas em 18 mini fábricas instaladas em comunidades rurais dos municípios de Canudos, Uauá e Curaçá, no Território da Cidadania Sertão do São Francisco, e centralizada na sede da Cooperativa, em Uauá. Tudo com a marca da produção orgânica e da preservação do bioma.

"Para nós, esse portal caiu do céu; há muito tempo nós sonhávamos com algo parecido, mas que era impossível de se fazer sozinho. Quando a cooperativa surgiu, a ideia era produzir para o sustento das famílias. Depois vieram os pedidos de vizinhos que queriam enviar os doces para os parentes que moravam longe e, assim, fomos crescendo. Agora, graças ao MDA, vamos dar passos maiores, aumentando a nossa produção e as nossas vendas", comemora o presidente da Coopercuc, Adilson Ribeiro dos Santos.

Publicado em 1/2/2012 in: http://www.agrosoft.org.br